top of page

CINE OURINHOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No início dos anos 1940, a população de Ourinhos, em franco crescimento, ansiava pela construção de uma nova casa, de um novo cinema. O prédio do antigo Cine Teatro Cassino, que havia, sido adquirido pelo empresário botucatuense Emílio Pedutti, já não oferecia mais condição de oferecer um bom espetáculo para as pessoas.

No dia 10 de agosto de 1942, estiveram  na cidade o empresário Pedutti, o engenheiro construtor Adolfo Dinucci e o mestre de obras Thomaz Lopes para darem início à construção de um novo prédio, com a colocação da primeira estaca no terreno para esse fim. Essa cerimônia teve início às 9  horas da manhã, contando com a presença dp prefeito drº Hermelino de Leão, Cândido Barbosa Filho, coletor federal, Waldomiro Eusébio de Camargo, coletor  estadual, João Mori, drº Jaime de Almeida Pinto, advogado da empresa Pedutti, Salvador Torres, acadêmico de direito. Silvano Chiaradia, gerente do Banco Frances e Italiano para a América do Sul e Romeu Silva, gerente do Cine Teatro Cassino.

Em 2 de setembro de 1944, Ourinhos passou a ter uma moderna sala de cinema com a inauguração do cine que levaria o nome da cidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


O empresário responsável por esse empreendimento chamava-se Emílio Pedutti, de Botucatu, dono de uma cadeia de cinemas no interior paulista. Ele aparece na foto trajando terno branco ao centro, tendo ao seu lado o prefeito de Ourinhos, drº Hermelino Agnes de Leão.

A pedido do empresário, a prefeitura havia providenciado o calçamento da Rua 9 de Julho no quarteirão onde se localizava a nova sala de espetáculos.

O primeiro gerente foi o jovem recém-casado Romeu Silva, que ficaria à frente do cinema por mais de 30 anos. 

O fato de o empresário Ser de Botucatu provavelmente explique a presença de quase todos os irmãos Mori na foto e do próprio Julio Mori. Julio Mori e seu amigo Angelo Milanezzi (Milani)  haviam se radicado em Botucatu, quando vieram da Itália. Em 1918, mudaram-se para Ourinhos.

Na primeira fileira, vemos também à direita o profº Cândido Barbosa Filho que, quatro anos mais tarde, tomaria posse como o primeiro prefeito eleito pelo voto direto.

Aos presentes foi oferecida uma taça de champanhe.

O filme em cartaz chamava-se "Fugitivos do Inferno", uma das várias produções de guerra que Hollywood fez nos anos da Segunda Guerra Mundial. O diretor era Raoul Walsh. Chegou a ser nominado para o Oscar de efeitos visuais em 1943. Era estrelado por Errol Flyn, então no auge de sua carreira. Tinha também no elenco o iniciante Ronald Reagan que começava a despontar em sua carreira.

Como descreve o crítico Rubens Ewald Filho:

Fugitivos do Inferno (Desperate Journey, 42) é do começo da guerra e não tem nenhuma pretensão de ser levado a sério. É como um Gunga Din anti-nazista, com uma série de pilotos/tripulação de avião bombardeio que cai na Polônia e consegue fugir pela Europa apesar de caçados de todas as formas. Flynn, meio apagado, faz o líder, mas tem ainda Ronald Reagan de parceiro e Raymond Massey de nazista. Empolgante aventura.

Esse prédio, após ser tornar septuagenário, foi adquirido pela prefeitura e nele instalado o Teatro Municipal de Ourinhos na gestão do prefeito Esperidião Cury, ato que simbolizava o cuidado com o patrimônio  histórico da cidade. O prédio hoje abriga o Teatro Municipal Miguel Cury.

 

Desenvolvido por Samuel Sanches - © 2015 Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos

bottom of page