
Ariano Suassuna
Filho do político João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna com Rita de Cássia Dantas Villar, Ariano nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba. O escritor passou a infância na Fazenda Acauhan em Taperoá, interior da Paraíba, e no Rio de Janeiro, onde seu pai foi assassinado em razão da atuação política – atuou como governador na Paraíba e estava como deputado federal no Rio.
Em 1942, foi morar em Recife e começou a fazer Faculdade de Direito um ano depois. Com o amigo de faculdade, Hermilio Borba Filho, deu início ao Teatro do Estudante de Pernambuco. A primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol, é dessa fase de Suassuna e data de 1947. Depois vieram Cantam as Harpas de Sião e Os Homens de Barro. A primeira publicação é de 1945, foi o poema Noturno no Jornal do Commercio. Quando se forma em direito, recebe mais um prêmio, o Martins Pena pelo Auto de João da Cruz.

Trabalhou como advogado enquanto escrevia suas peças. A de maior sucesso, Auto da Compadecida, foi escrita em 1955. Com o texto, Suassuna ficou conhecido nacionalmente e a obra ganhou uma famosa adaptação exibida pela Rede Globo em 1999. Com direção de Guel Arraes, a versão contou com a atuação de Selton Mello, Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Marco Nanini, entre outros. Ao classificar o texto de Ariano, Sábato Magaldi exalta: o texto mais popular do moderno teatro brasileiro.
O escritor abandona a advocacia de vez em 1959, quando passa a atuar como professor na Universidade Federal de Pernambuco. No mesmo ano, funda o Teatro Popular do Nordeste com o amigo Hermilio. Antes disso, em 1957, casou-se com Zélia de Andrade Lima, com quem teve seis filhos.
Para se dedicar à carreira acadêmica, Suassuna se aposenta por um tempo da dramaturgia nos anos 60. Na década seguinte, dá início ao Movimento Armorial, que buscava conhecer a cultura popular para formar uma arte erudita partindo dos elementos dessa cultura. O Movimento foi lançado em 18 de outubro de 1970 com exposições e o concerto Três Séculos de Música Nordestina - do Barroco ao Armorial. Nesse período, o escritor publica livros que classifica como romance armorial-popular brasileiro. O movimento surgiu no ambiente universitário e passou a ter apoio da Prefeitura de Recife e da Secretária de Educação do Estado de Pernambuco.
A forte ligação com a cultura fez com que Ariano Suassuna fosse membro fundador do Conselho Federal de Cultura e diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira nº 18. Na Academia Brasileira de Letras, foi eleito para ocupar a cadeira nº 32, cujo patrono é Araújo Porto Alegre, em 1989 e na Academia Paraibana de Letras, ficou com a cadeira 35.
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